Monumentos históricos de milhares de anos; verdadeiros patrimônios da humanidade. As pirâmides do Egito, as edificações Maia ou quaisquer outros resquícios de antigas civilizações ainda levam a imaginação humana às alturas.
Então o que dizer de uma montanha que, em suas entranhas, guardaria toneladas de lixo radioativo? Este foi o mirabolante projeto do governo dos EUA destinado ao armazenamento de entulhos tóxicos – e a estrutura teria a data de validade de nada menos que 10 mil anos.
A história começa em 1983: na época, um décimo de centavo de cada cidadão norte-americano começou a ser cobrado. O objetivo era nobre: desembolsando a pequena quantia, que era cobrada através de contas de luz, estadunidenses contribuiriam para a construção de um reservatório que colocaria fim aos problemas de estoque de lixo radioativo.
A ideia era cavar uma série de câmaras e dutos reforçados no interior da Yucca Mountain, localizada no estado de Nevada (EUA). Estas instalações abrigariam restos radioativos por 10 mil anos – depois deste tempo, níveis seguros de radiação iriam possibilitar o remanejamento do material.
O projeto parecia promissor. E os US$ 30 bilhões arrecadados pelo Departamento de Energia dos EUA deveriam ser suficientes para construir o galpão de Yucca Mountain. Mas, em 31 de janeiro de 1998, data de inauguração do Repositório de Lixo Nuclear de Yucca Mountain, um notícia infeliz veio à tona.
Dos 65 km de túneis dedicados ao armazenamento de entulhos, somente 8 km foram construídos. Foi assim que Yucca Mountain se transformou em uma lenda: “o depósito para lixo nuclear que nunca existiu” ganhou as capas da mídia mundo afora. Em 2002, as taxas adicionais cobradas de cidadãos foram canceladas pela Justiça.
Importante destacar que o depóstivo nuclear de Yucca Mountain existe. Em 2008, o governo de Barack Obama chegou a questionar a segurança do complexo (que fica a 145 km de Las Vegas). Ainda naquele ano, o limite temporário de armazenamento estabelecido ficou em 77 mil toneladas de lixo radioativo. A obra de Yucca Mountain não deverá ser totalmente finalizada antes de 2020.
Fonte: Tecmundo
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